31.12.10

O encontro.





            "(...) Jeito. Precisei de jeito para entender tudo quanto aqui está exposto. Lembro-me de que, ao tomar consciência de que o Sonho em mim era um misto de sentimento e emoção, sofri... E muito. Foi quando me senti completamente perdido. E só. Bem mais só. E era grande o medo que eu sentia da solidão. De reconhecer ou identificar meu lado sujo, feio, pessimista. De tocar nele, apalpá-lo. Receio de reconhecer minha covardia, meu egoísmo. Receio ainda de reconhecer que minha força estaria dentro de mim, e que seria preciso passar por maus pedaços, sofrer e arranhar-me todo para poder encontrar a minha outra parte, minha outra metade, enfim, meu ponto de equilíbrio. De início, então, vendei os olhos com medo da solidão. E eu já disse ter tido muito medo de estar só. E a solidão deita e rola quando Você deixa de confiar em si mesmo... Inútil. Tudo se estampou muito escuro e feio. Assustador. O auge do desespero. Mas foi justamente em meio a este ambiente tão tenebroso que despertei para um ponto de luz dentro de mim. Era a minha outra Vida que queria ressurgir mais forte, mais consciente, e que sussurrava: confie em mim. Era o Amigo que tanto busquei fora de mim sem que nunca o tivesse encontrado, e que sorria e me dizia com muita tranquilidade e segurança: o amigo de todas as horas está dentro de você. Tente enxergá-lo... (...)"

                                                 
                                                                       Betânia Ferreira.



.E.G.


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