29.12.10

Gratidão.

               Até aonde vão os limites da preservação da individualidade sem parecer egocentrismo?
   Eu não sei. Achava que sabia, todavia não sei.
               Não sei, inclusive, se é verdade mesmo, ou se é só mais uma das minhas visões distorcidas deste mundo que me passa crença suficiente, para eu seguir em frente.
               O que acontece é que eu cresci muito em 365 dias, e eu quero que isso continue acontecendo, mesmo que eu enfrente 99 pessoas e escute a  palavra de consolo de apenas uma que está ao meu lado.      
               Em 2010, eu descobri que eu posso ir MUITO (é isso mesmo, em letras garrafais) mais além do que imaginava eu, e do que imaginavam os outros. Está aí, creio eu,  o que tanto deve incomodar esses outros: eu posso errar, me estrepar perder pessoas e me sentir sozinho, mas sempre acreditarei em mim. Sempre.
               Já me decepcionei comigo mesmo  uma porrada de vezes,  contudo não me arrependo de ter falado o que não deveria, de ter machucado muitas pessoas, de ter deixado muita gente esperando por (e de) mim por bastante tempo, de ter assumido mais coisas do que – de fato – eu poderia dar conta.  Não me arrependerei das minhas grosserias, dos meus  deboches, dos meus julgamentos prévios, da minha autossuficiência em tudo, da minha falta de paciência com a vida, e, principalmente, da minha mania chata de bater de frente com os outros, baseada na certeza de que sou e estou sempre certo.
               É isso que me faz aprender, é isso que me faz crescer. Foi todo este conjunto que julgam mal feitos que me fez melhor.
   É, aprendi com isso, mas do meu jeito, da minha forma.
  Ah, e uma das descobertas mais idiotas, em se tratando da obviedade, e fundamentais deste ano: eu mereço todas as pessoas que conseguiram estar ao meu lado. Estas, sim, merecem minha gratidão.
  Gratidão. Está aí um significado que poucos compreendem. 
  Aos ingênuos, o dicionário.




.E.G.



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